A chegada do exame de sangue Alzheimer no Brasil marca uma revolução na medicina diagnóstica. Para milhões de famílias, a confirmação da doença sempre foi um processo lento e caro. Mas, com a nova tecnologia de detecção da proteína p-tau217, o cenário mudou.
Agora, o exame de sangue Alzheimer (conhecido comercialmente como PrecivityAD2) permite um diagnóstico com mais de 90% de precisão, sem a necessidade de procedimentos invasivos.
Como funciona o Exame de Sangue Alzheimer?
O grande protagonista dessa mudança tem um nome técnico: p-tau217. Trata-se de uma proteína específica (biomarcador) que vaza do cérebro para a corrente sanguínea quando a doença de Alzheimer começa a se desenvolver.
Durante décadas, cientistas tentaram medir essa proteína, mas a quantidade no sangue era tão ínfima que passava despercebida. Agora, com a tecnologia de espectrometria de massa de alta precisão usada no teste PrecivityAD2™, conseguimos “enxergar” esses traços.
Segundo especialistas ouvidos pela CNN Brasil, esse exame consegue identificar se as placas de proteína amiloide estão se acumulando no cérebro com uma precisão superior a 90% — um índice comparável aos caríssimos exames de imagem PET Scan, mas com uma fração da complexidade.
Onde Fazer o Exame e Quanto Custa?
Esta é a pergunta que todos fazem. Diferente de tratamentos experimentais restritos a universidades, o novo exame de sangue para Alzheimer já faz parte do portfólio de grandes redes de medicina diagnóstica no Brasil, como o Grupo Fleury, Labs a+ e Richet.
- O Procedimento: É uma coleta de sangue venoso simples, sem necessidade de jejum ou preparo especial (apenas suspensão de biotina em alguns casos).
- O Custo: Atualmente, o exame é particular e o valor gira em torno de R$ 3.600,00.
- Para Quem é: Ele não é um teste de triagem para jovens curiosos. É indicado por médicos (neurologistas ou geriatras) para pessoas acima de 55 anos que já apresentam algum sinal de declínio cognitivo ou perda de memória.
Embora o preço ainda seja alto para a maioria da população, ele representa uma economia se comparado à “via sacra” de exames inconclusivos que muitas famílias enfrentam por anos.
O Futuro no SUS: Ciência Brasileira na Vanguarda
A boa notícia não para no setor privado. Pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estão desenvolvendo uma versão nacional desse teste, focada na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
O objetivo é criar um método de triagem acessível que possa ser aplicado em postos de saúde. Imagine o impacto: em vez de esperar anos na fila por um neurologista, um exame de sangue na atenção básica poderia acender o “alerta vermelho” cedo, permitindo intervenções rápidas. Projetos de lei (como o PL 3210/24) já tramitam para acelerar essa inclusão.
Por Que Saber Antes Muda Tudo?
Alguns podem perguntar: “Se não tem cura, por que eu gostaria de saber?”. A resposta é: tempo e qualidade de vida.
O Alzheimer começa a agir no cérebro até 20 anos antes dos sintomas de demência. Quando detectamos a doença nessa janela “silenciosa” ou inicial através do exame de sangue para Alzheimer, abrem-se portas que antes estavam fechadas:
- Novos Medicamentos: Remédios modernos (como o lecanemabe) funcionam melhor quando iniciados cedo, retardando o avanço da doença.
- Estilo de Vida: Mudanças na dieta e cuidados com a microbiota intestinal podem proteger o cérebro e ganhar anos de lucidez.
- Planejamento: As famílias podem se organizar financeiramente e emocionalmente, garantindo dignidade ao paciente.
Este exame de sangue para Alzheimer é mais do que um diagnóstico; é uma ferramenta de empoderamento. Ele troca o medo do desconhecido pela clareza da ação. Pela primeira vez na história, estamos um passo à frente da doença.
Nota do Editor: O conteúdo deste artigo tem caráter estritamente informativo e jornalístico sobre avanços científicos recentes. As informações aqui apresentadas não substituem, em hipótese alguma, o diagnóstico ou aconselhamento médico profissional.
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